segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Como a Quadrilha*


Tudo agora se confunde
Ao saber dele e da outra
Justo ele
Que viu nua a minha alma
Me cubro agora com as pétalas
Das flores que deste amor nasceu.
Faço delas minhas vestes
Tão bonitas tão sinceras
Cheias de amor
Que você não leu
E com elas danço linda
Os olhos de quem sabe ver
E por sua passou-me a ter
Com receio me afastei
Mas um beijo me roubou
Pra dizer:
Te esperei enquanto sonhavas
Menina vestida de flor
Te esperei pra dizer que andava
Por ti perdido de amor.
E não me atreverei a te despir
Esperando que um dia de repente.
Num sorriso reluzente
A mim só voltes a mente
Nua completamente.

Carol Viana 



(* Quadrilha: poema de Carlos Drumond de Andrade)


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