sábado, 6 de outubro de 2012


E ela queria entrar na sua mente e fazer parte de suas palavras. Mas talvez o poeta amasse a ideia de amar, e ela, a ideia de ser aquela. Tão eterea a beleza de um amor platônico, que ninguém ousaria sabotá-lo com a tentativa de torna-lo tátil. Mas a paixão dos corpos nos corrompe, fazendo com que as pernas vacilem em direção ao que pode ser fogo ardendo constante ou balde de agua fria.

Carol Viana

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